Instalações e estruturas do agronegócio

Instalações e estruturas do agronegócio

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O uso de estruturas de armazenagem é necessário para agilizar a produtividade de negócios agrícolas

Por redação

O que são as estruturas de armazenagem?

A estrutura de armazenagem é o elemento-base de uma operação logística agrícola, utilizada para organizar os produtos cultivados nas lavouras e mantê-los em boa conservação por tempo determinado. Pode ser criada com o uso de paletes – estrados de madeira – ou estruturas metálicas.

Porém, uma dúvida recorrente surge: o correto é “armazenagem” ou “estocagem”?

Armazenagem ou Estocagem

Ainda que ambas as palavras parecem sinônimas e sejam confundidas inclusive por profissionais da área, cada uma representa diferentes atividades. Por isso, entenda agora essa diferença.

Estocagem: refere-se especificamente ao estoque de produtos ou matérias-primas. Ou seja, é o nome dado ao ato de acumular e organizar os itens em um local apropriado;

Armazenagem: para armazenar os produtos ou matérias-primas de maneira adequada, é necessário contar com uma estrutura completa – com prateleiras, cobertura e muito mais – e processos eficazes. Por isso, o termo “armazenagem” é bastante amplo, utilizado para englobar todas as demais atividades logísticas relacionadas ao estoque.

As estruturas de armazenagem mostram-se essenciais para garantir a produtividade e a distribuição de maneira estratégica e ágil. Entre os principais processos praticados na armazenagem, estão:

  • Estocagem adequada de matérias-primas ou produtos (finais ou semiacabados);
  • Recebimento, identificação e expedição de produtos;
  • Retirada e entrega dos itens;
  • Embalagem correta.

Pessoas trabalhando em um modelo de estocagem de uma estrutura de armazenagem agrícola

Principais tipos de estrutura de armazenagem

Os sistemas de armazenagem não são exclusividade do setor agrícola, sendo amplamente utilizados em indústrias de diferentes setores.

Além disso, existem diversos modelos de estruturas, que devem ser instalados de acordo com as necessidades específicas de cada empresa: espaço disponível, velocidade do giro de estoque, produtos a serem armazenados e muito mais. Entre eles, destacamos os 7 mais comuns.

1. Silos

A maneira mais comum e eficiente de armazenar grãos, feitos principalmente com estrutura metálica. Com alta capacidade de estocagem, os silos mantêm toneladas de grãos secos e seguros até o momento de embalagem e transporte até o destino final. Essa estrutura permite o acúmulo seguro dos materiais, tendo um controle preciso do que é produzido para comercializar nos momentos mais rentáveis. Entre os modelos de silos, também temos:

Silos de bolsa – também são conhecidos como “bags” (“bolsas”, em inglês), já que substituem as estruturas metálicas ao proteger os grãos de pragas e chuvas com lonas;
Silos compartilhados – bastante utilizados por cooperativas agrícolas, consistem em armazenar grãos de diferentes produtores para que dividam os custos com transporte, taxas e mais.

2. Estruturas de armazenagem porta-paletes

São as mais tradicionais e utilizadas no mercado. Nelas, os produtos ficam armazenados em estantes e são acessados com o uso de empilhadeiras. Para isso, exigem um corredor um pouco mais amplo para que os veículos transitem e manobrem. A principal vantagem do modelo porta-paletes é que permite alcançar todos os produtos a qualquer momento, sem remover os demais itens da frente.

Podem ser divididas nas seguintes categorias.

  • Corredores estreitos: otimizam o espaço disponível, mas exigem a instalação de trilhos para a movimentação das empilhadeiras;
  • Transelevadores: permitem acessar com facilidade estoques com grandes alturas e elevar a densidade de carga;
  • Autoportante: possibilita um melhor aproveitamento do espaço vertical, utilizando a própria estrutura como suporte de fechamento lateral e de cobertura;
  • Deslizante: ideal para mercadorias com alto valor agregado e baixo giro, já que ficam armazenadas em blocos para permitir a melhor distribuição da carga otimização do espaço.

3. Estruturas de armazenagem drive-in

Possuem alta capacidade de armazenamento e atendem ao sistema LIFO (do inglês “Last In, First Out”: “último que entra, primeiro que sai”). Isto é: os itens vão se acumulando e são retirados de acordo com os que estiverem mais acessíveis. É uma estrutura que exige apenas um corredor, por isso economiza espaço e gera um menor custo por m²: por outro lado, dificulta o acesso a itens específicos, que possam estar alocados na outra extremidade da prateleira.

4. Estruturas de armazenagem drive-thru

Ao contrário do modelo drive-in, as estruturas drive-thru utilizam o sistema FIFO (do inglês “First In, First Out”: “primeiro que entra, primeiro que sai”), o que garante uma boa circulação do estoque. Para isso, exigem corredores em cada extremidade das prateleiras para entrada e saída dos produtos, e também nas laterais, para uso de equipamentos de movimentação, como empilhadeiras.

Outro grande diferencial deste sistema é a eliminação do espaço entre prateleiras, que permite boa capacidade de armazenamento.

5. Estruturas de armazenagem flow rack

São utilizadas para armazenamento manual de produtos, embalados para envio ou recebimento. As caixas – geralmente de plástico – são separadas em recebidas e remetidas, em prateleiras inclinadas que usam a força da gravidade para agilizar o acesso aos itens.

Essa estrutura é usada para pequenos volumes e facilita a localização e identificação de cada um.

6. Estruturas de armazenagem push-back

O acesso aos itens é feito por meio de carrinhos instalados em trilhos e permite estocar até quatro paletes de profundidade em cada nível. O modelo push-back é ideal para maiores densidades de carga, fato que faz com que essa estrutura seja amplamente procurada pelas empresas atualmente.

A estrutura se assemelha ao sistema drive-in, em que os paletes inseridos nas prateleiras empurram os estocados anteriormente.

7. Estruturas de armazenagem dinâmica

Esse modelo de armazenamento se difere pela rotação automática de estoque: a empilhadeira leva os itens até uma pista de roletes que garante a movimentação de materiais até a outra extremidade, com redutores de velocidade para manter sua estabilidade e segurança. É bastante usada por empresas agrícolas para estocar alimentos com controle de validade e cargas paletizadas.